BELFORD ROXO - O adolescente suspeito de ter atirado e matado um pastor Marcos Lima da Assembleia de Deus, em Belford Roxo, na Baixada...
BELFORD ROXO - O adolescente suspeito de ter atirado e matado um pastor Marcos Lima da Assembleia de Deus, em Belford Roxo, na Baixada Fluminense, já havia sido apreendido três vezes por tráfico e associação com o tráfico. A última vez foi em junho, mas o jovem nunca ficou mais do que vinte dias em uma instituição. Ele foi ouvido nesta segunda-feira (14), na Delegacia de Homicídios da Baixada Fluminense (DHBF).
A mãe do adolescente entregou o próprio filho à polícia com medo de que ele fosse morto por traficantes em represália ao assassinato do pastor. Segundo a delegado Leandro Costa, o menor confessou ter atirado no pastor com uma pistola de uso restrito da polícia. No depoimento ele também disse que achou que o pastor era um policial.
" Estava [o pastor] mostrando umas fotos de outros traficantes que trabalharam com ele no trabalho de recuperação só que num dado momento ele olhou para dentro do carro que o pastor estava e viu um objeto preto brilhoso e ele achou que era um fuzil e achou que o pastor era um policial. Então ele pegou a arma e já efetuou os disparos contra o pastor sem falar nada", disse.
O objeto preto brilhoso era a bengala do pastor. O delegado afirmou que o adolescente não demonstrou arrependimento. E que a mãe dele é quem está sofrendo muito.
Ela convenceu o filho a se entregar e telefonou para a Polícia Militar, que mandou uma equipe buscar o jovem na casa da família, em São João de Meriti, também na Baixada Fluminense.
" Está bastante abalada, está bastante preocupada, está tomando as dores pela conduta do filho. Gostaria de encontrar a família do pastor para pedir desculpas. Ele estava muito tranquilo, muito calmo, narrou todos os fatos com detalhes, mas em nenhum momento se mostrou arrependido".
O corpo do pastor Marcos Lima foi enterrado neste domingo em Mesquita, na Baixada Fluminense. A família prometeu continuar o trabalho de evangelização iniciado por ele há vinte anos.
Via G1